quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Lula e aliados perdem forçam em novo gabinete de Dilma

Na avaliação dos lulistas, o poder dado ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, foi excessivo na criação da nova equipe
Foto: Notimex
As mudanças no gabinete ministerial da presidente Dilma Rousseff estariam indo em desencontro ao seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, os novos ministros diminuem a influência de Lula no governo ao desalojar alguns de seus colaboradores.
Na avaliação dos aliados do ex-presidente, o poder dado ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, foi excessivo na criação da nova equipe. Eles ainda veem Mercadantes como potencial concorrente a Presidência da República em 2018. Como Paulo Okamoto, presidente do Instituto que disse à reportagem: “Mercadante é o general. Comanda a equipe. E tem que trabalhar com os coronéis”.
Lula teria sugerido a mudança de Ricardo Berzoini do Ministério das Relações Institucionais para a pasta das Comunicações. Com a saída de Berzoini e do responsável pela Secretária-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, o ex-presidente ficará sem voz na ‘cozinha do Planalto’. O grupo de Lula chegou a reclamar da demora de Dilma na definição do mandatário da pasta do Trabalho, atualmente sob o controle do PDT, os petistas desejam um nome ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT) no ministério, José Lopes Feijóo.
Único nome que Lula teria feito questão de escalar é o do novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Ao todo, Dilma indicou até o momento apenas 17 dos 39 ministros que deverão tomar com ela no dia 1º de janeiro. Dos novos nomes apresentados, o ex-presidente teria ficado incomodado com Cid Gomes (Pros-CE) como ministro da Educação, e Kátia Abreu (PMDB-TO), como ministra da Agricultura.

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