Lava Jato dará a Dilma mais liberdade para nomear ministros, avaliam assessores
Na avaliação de assessores próximos da presidente, ela ficará mais livre para escolher nomes de "impacto" e "de primeira linha" dentro dos partidos de sua base aliada, sem ficar refém da exigência das cúpulas partidárias.
A presidente pode, inclusive, deixar para o final de dezembro ou mesmo, em alguns casos, para janeiro a definição dos nomes de ministros das cotas partidárias de sua equipe do segundo mandato.
Seria uma forma de aguardar os desdobramentos das investigações da Operação Lava Jato, que atinge empreiteiras com contratos com a Petrobras e apura desvio de recursos para partidos governistas, como PT e PMDB.
Além disso, ajudaria na definição sobre o futuro presidente da Câmara dos Deputados. O líder do PMDB, Eduardo Cunha, é visto como favorito, mas não conta com a simpatia do Palácio do Planalto.
Entre o final de novembro e início de dezembro, Dilma deve definir sua equipe econômica. Não só o ministro da Fazenda, mas também o do Planejamento e o presidente do Banco Central.
Assessores dizem que ela pode surpreender na escolha do substituto de Guido Mantega, não optando por nenhum dos nomes citados até agora, como do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e do ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa.
Alexandre Tombini, atual presidente do BC, deve ficar onde está, segundo assessores. Essa seria a intenção de Dilma, que gosta da sua atuação na condução da política monetária. Logo depois da eleição, a equipe de Tombini subiu a taxa de juros de 11% para 11,25% ao ano.
O presidente do BC foi convocado por Dilma Rousseff para se juntar à comitiva presidencial na reunião do G20, encerrada neste fim de semana na Austrália. Tombini retornou ao Brasil com a petista no avião presidencial.
Depois da equipe econômica, ou mesmo juntamente, Dilma vai definir o grupo de ministros do Palácio do Planalto. Aloizio Mercadante, salvo surpresas de última hora, ficará na Casa Civil.
Miguel Rossetto, hoje no Desenvolvimento Agrário, deve ser deslocado para a Secretaria-Geral da Presidência, pasta hoje ocupada pelo lulista Gilberto Carvalho.
Outro nome cotado para integrar o grupo palaciano é o do governador Jaques Wagner (PT-BA), que tem reunião agendada com a presidente nesta quarta-feira (19).
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