terça-feira, 31 de março de 2015

Joaquim Levy diz estar confiante sobre acordo para dívida dos estados

  • 30/03/2015 20h07
  • Brasília
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* Edição: Armando Cardoso
O senador Romero Jucá, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, durante encontro (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Após encontro com os senadores Romero Jucá e Renan Calheiros, Joaquim Levy disse que o mais importante é que todos contribuam para o ajusteFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje (30) estar confiante em relação a um acordo para renegociação da dívida dos estados. Ele fez o comentário ao sair de uma reunião de cerca de uma hora com o presidente do Senado, Renan Calheiros. “Estou muito confiante em um encaminhamento positivo. Há um entendimento generalizado dos entes [públicos]”, declarou Levy. Apesar de mostrar confiança em relação a um acordo, o ministro informou que os estados terão de fazer concessões, indicando que o projeto de lei aprovado semana passada pela Câmara dos Deputados poderá sofrer ajustes no Senado. “O importante é todo mundo contribuir para o ajuste. Hoje, a gente tem de vencer essa etapa para já criar as bases para a retomada do crescimento e do emprego. Acho que há cada vez mais convergência nesse entendimento”, acrescentou o ministro. Atualmente, a dívida dos estados renegociada com a União no fim da década de 90 é corrigida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), mais 6%, 7,5% ou 9% ao ano. Um projeto de lei aprovado ano passado mudou o indexador para a taxa Selic (juros básicos da economia) ou a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais 4% ao ano, prevalecendo o menor índice. Como a lei da mudança dos indexadores não foi regulamentada até agora, semana passada a Câmara aprovou um projeto de lei com prazo de 30 dias para o governo federal aplicar os novos índices de correção aos contratos assinados. A medida teria impacto fiscal de pelo menos R$ 3 bilhões para a União em 2015, ano em que o Ministério da Fazenda está comprometido em obter meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública) de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país). * Colaborou Mariana Jungmann

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