Minc diz que ruralistas não vão conseguir tirá-lo do governo
Luana Lourenço
Da Agência Brasil
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que os ruralistas não vão conseguir tirá-lo do governo. Minc fez a afirmação ao comentar a denúncia por crime de responsabilidade protocolada contra ele hoje (2) pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na Comissão de Ética Pública da Presidência da República e na Procuradoria Geral da República.
Ruralistas pedem saída de Carlos Minc
A CNA (Confederação Nacional da Agricultura e da Pecuária do Brasil) formalizou dois pedidos pela saída do ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) do cargo. No último dia 27, o ministro chamou os integrantes da bancada ruralista de "vigaristas" e disse que "os ruralistas encolheram o rabinho de capeta e agora fingem defender a agricultura familiar
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"Os ruralistas estão desesperados querem me tirar do governo. Podem me insultar e continuar pedindo a minha cabeça, mas eu vou continuar governando", afirmou.
"Ao que me conste, o Brasil é comandado pelo presidente Lula e não pelos ruralistas. Aliás, se fosse pelos ruralistas, não haveria o Bolsa Família e, sim, o Bolsa Latifundiário."
Para Minc, a ofensiva dos ruralistas é uma resposta ao "pacto" firmado entre a área ambiental e a agricultura familiar. Segundo ele, durante anos os grandes agricultores aterrorizaram os pequenos em relação às exigências ambientais.
"Isso [o pacto entre ambientalistas e agricultura familiar] foi uma derrota para os ruralistas", disse Minc durante entrevista coletiva para comentar os dados sobre o desmatamento divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
"A senadora Kátia Abreu, inclusive, é uma pessoa muito simpática, muito agradável. A única grande derrota dela foi essa o que talvez a tenha tirado do sério", disse o ministro.
O ministro voltou a afirmar que os ruralistas estão usando os agricultores familiares como "massa de manobra" para defender interesses próprios na discussão de mudanças no Código Florestal.
Ele disse que pretende firmar um pacto com a grande agricultura, mas mantendo a diferenciação entre pequenos e grandes produtores.
"Reconhecemos que o setor tem grande importância para o país, com as exportações, com os empregos, mas é claro que tem que ser tratado de forma diferente dos pequenos produtores
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