"Nós vamos
enterrá-lo (o impeachment). Na Câmara. Não tenho dúvida de que a gente
vai a 250, 255 votos", assegurou o ministro do núcleo duro do Palácio do
Planalto. Para barrar o impeachment, que deve começar a ser
analisado a partir de fevereiro, quando o Congresso Nacional retorna do
recesso parlamentar, a presidente Dilma precisa de, no mínimo, 171 votos
favoráveis, que corresponde a um terço da composição de 513 deputados
federais na Câmara. Jaques Wagner: "Erro é muito mais da oposição, que fez uma agenda do 'impeachment tapetão'"Wagner
admitiu que as medidas contracíclicas na economia, feitas pelo
ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e pela presidente Dilma no primeiro
mandato, "produziram um problema fiscal (que Dilma) se impôs a
consertar", mas creditou o nível da crise política do país ao papel que a
oposição veio desempenhando desde o fim das eleições de 2014. "O
erro para mim é muito mais da oposição, que fez uma agenda do
'impeachment tapetão' (...) A impopularidade de Dilma hoje é
consequência de que a gente teve que consertar medidas tomadas em 2013 e
2014, que tiveram seu lado positivo e, como tudo na vida, também
consequências ruins. Mas nunca teve dolo. A banalização do processo como
recurso eleitoral é o 'impeachment tapetão', que não é com motivo, é
para recorrer do jogo que perdi em campo. Mas isso também será cobrado
da oposição, porque impopularidade não é crime", afirmou o ministro. Questionado
pela reportagem da "Folha" se o ajuste fiscal empreendido pelo ministro
Joaquim Levy, que deixou o governo em dezembro, foi exagerado, o chefe
da Casa Civil disse que "as pessoas só olham para as consequências
negativas das medidas". Para Wagner, o momento, agora, com Nelson
Barbosa na Fazenda, é de apontar para o crescimento. "Modular com
medidas que apontem para o crescimento. A meta é menos importante que a
credibilidade. Não é retomada, é preparação para a retomada. Não acho
que vamos retomar o crescimento em 2016, mas temos que ter um ambiente
mais salutar", observou o ministro.
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