quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Mantega acha que a classe E desapareceu e uma nova classe média está emergindo

* CPMF só pode cair em quatro anos, diz Mantega

Baixar a alíquota da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), uma proposta de parte da oposição, não é tabu para o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Mas isso só poderia ocorrer em outro governo.

Em entrevista a este jornal, o ministro afirmou que nos próximos quatro anos não admite prescindir do imposto, sob pena de afetar os programas sociais e a área da saúde.

Tranqüilo sobre os efeitos da mais recente crise financeira, falou das conquistas macroeconômicas que permitiram ao País cruzar a turbulência sem grande perda de capitais, e acha que o Copom não tem motivos para deixar de cortar os juros, apesar da expansão do PIB.

Garantiu que não haverá apagão energético até o fim da próxima década, mas admitiu que as tarifas devem subir, como mostrou reportagem na edição de ontem da Gazeta Mercantil. E lançou um desafio.

Embora os impostos tenham sido equivalentes a 34,23% do PIB em 2006, nega que haja aumento da carta tributária.

Há mais formalização, aumento da renda e crescimento da economia e isso faz crescer a arrecadação.

Desafio alguém a me mostrar que uma empresa está pagando mais tributos".

Mantega acha que a classe E desapareceu e uma nova classe média está emergindo, a qual não é afetada pela mídia e setores ideológicos, lê menos jornais e se preocupa mais com o aumento de seu poder de consumo.

Admite ainda que é nessa classe que o presidente Lula vai muito bem.

(O Globo - Sinopse Radiobrás)

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