terça-feira, 1 de abril de 2014

Em posse de ministros, Dilma diz que motivação eleitoral não pode parar o País

Por Agência Brasil |
 

Berzoini substituiu Ideli, que assume o comando da pasta de direitos humanos no lugar da ex-ministra Maria do Rosário, que deixa o governo para disputar as eleições de outubro

Agência Brasil
Ao dar posse nesta terça-feira (1º) aos novos ministros da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, e da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, a presidente Dilma Rousseff disse que “motivações meramente eleitorais” não podem impedir o andamento de projetos importantes no Congresso. Berzoini substitui Ideli, que assume o comando da pasta de direitos humanos no lugar da ex-ministra Maria do Rosário, que deixa o governo para disputar as eleições de outubro.
Discurso de ontem: Golpe não pode ser esquecido, diz Dilma
Antonio Cruz/Agência Brasil
Cerimônia de posse dos novos ministros da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, e da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti

“Com Berzoini à frente da Secretaria de Relações Institucionais, continuaremos atuando em profícua parceria com o Congresso. Tenho certeza de que nossos aliados saberão agir para impedir que motivações meramente eleitorais acabem por atropelar a clareza e esconder a verdade na busca de respostas e soluções para os grandes problemas nacionais”, disse a presidenta.
Ideli deixa a pasta, responsável pela articulação política entre o Palácio do Planalto e o Congresso, em meio à crise com o PMDB (partido mais importante da base de apoio ao governo) e à ameaça de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras.
Segundo Dilma, Berzoini “entende como poucos” a importância da negociação com o Parlamento e saberá atuar na articulação política neste momento. “Egresso das lutas e das negociações sindicais, com larga experiência parlamentar e ministerial, Berzoini compreende perfeitamente as características do nosso presidencialismo, marcada pela coalizão entre correntes distintas, mas que sabem se unir quando o interesse maior do nosso povo está em questão”, avaliou.
“Tenho certeza sobretudo de que, aquilo que o nosso povo quer, o governo e o Congresso unidos saberão fazer. O povo quer ter seus direitos atendidos e mais oportunidades oferecidas por serviços públicos de qualidade. Esse é o compromisso básico de nosso governo e, tenho certeza, do nosso Congresso Nacional [também]”, acrescentou Dilma.
Apesar da recente crise com o PMDB, a presidenta fez questão de listar uma série de projetos de interesse do governo aprovados pelo governo na gestão de Ideli, como a Lei de Acesso à Informação, a criação da Comissão Nacional da Verdade, a destinação dos royalties do petróleo para educação e o Marco Civil da Internet.
Dilma agradeceu à ex-ministra Maria do Rosário pela condução de “temas sensíveis e decisivos para a construção de uma sociedade mais igual e democrática” durante os 39 meses em que esteve no governo e desejou sorte nas urnas.
À nova ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Dilma pediu continuidade em programas como o de prevenção e combate à exploração sexual de crianças e adolescentes e o Viver sem Limites, de apoio a pessoas com deficiência. Ideli terá como desafio, segundo Dilma, a implantação do sistema nacional de combate a tortura, a repressão ao trabalho escravo e a garantia de direitos humanos à população em situação de rua.
“Espero que o diálogo com todos os movimentos da área de direitos humanos persista intensa e proveitosamente, porque é ouvindo demandas e debatendo as ações e políticas que continuaremos fortalecendo nossa capacidade de garantir a todos os brasileiros e brasileiras, sem exceção, seus direitos básicos de cidadania”, pediu a presidenta.
  


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