quarta-feira, 31 de março de 2010

Dilma e mais nove ministros deixam os cargos hoje

Mesmo com a saída da chefe da Casa Civil, Lula aumenta participação de mulheres no governo

Apesar da saída da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula aumentará o número de mulheres em sua equipe. Pelos menos outros nove ministros devem deixar seus cargos hoje para poder disputar as eleições de outubro.

Dilma será substituída por Erenice Guerra, que terá uma função mais técnica na Casa Civil. A administração do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ficará a cargo de Mirian Belchior, secretária executiva do programa na Casa Civil. Outra mulher que assumirá cargo no ministério é Izabella Teixeira, secretária executiva da pasta do Meio Ambiente.

Conforme a legislação eleitoral, qualquer funcionário público que quiser concorrer a um mandato eletivo no pleito de outubro deve se desincompatibilizar do cargo seis meses antes.

A data-limite para a desincompatibilização seria o próximo sábado. Mas diante do feriado da Sexta-Feira Santa, o presidente preferiu antecipar a saída dos futuros candidatos e convocou para hoje um ato de despedida coletiva no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores.

Os ministros se unirão a Tarso Genro (ex-titular da pasta da Justiça), que renunciou em fevereiro para começar a preparar sua campanha como candidato a governador do Rio Grande do Sul pelo PT.

A maioria dos cargos que ficarão vagos a partir desta semana será ocupada pelos secretários executivos.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Lula fará despedida ‘coletiva’ de ministros na quarta


Lula antecipou em três dias a saída dos ministros que trocarão a Esplanada pelos palanques.



O prazo legal para a desincompatibilização é 3 de abril. Mas a despedida foi agendada para esta quarta (31).



Será um adeus coletivo. Escalou-se a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff para discursar em nome dos que saem.



No mesmo dia, serão empossados os substitutos. No geral, assumem o comando das pastas os atuais secretários-executivos.



No Ministério da Agricultura, uma exceção. Ali, vai à cadeira de ministro o presidente da Conab, Wagner Rossi.



Rossi é apadrinhado do presidente da Câmara e do PMDB, Michel Temer (SP). Conta com o respaldo da bancada ruralista.



Em discurso dirigido aos que ficam, Lula recordará que o governo só termina em 31 de dezembro. Vai cobrar mangas arregaçadas.

Escrito por Josias de Souza às 05h53

segunda-feira, 22 de março de 2010

Dez ministros deixam o governo até o dia 3 para concorrer às eleições

Agência Brasil/JL

A praticamente duas semanas do fim do prazo para desincompatibilização dos ministros que vão disputar cargos nas próximas eleições, o governo começa a preparar uma cerimônia de despedida para os que saem e de posse coletiva dos novos ministros. A Agência Brasil apurou que pelo menos dez ministros deixarão o cargo até o próximo dia 3.

Segundo o Palácio do Planalto, a cerimônia de posse deverá ser realizada no dia 1º de abril, em local que ainda não foi definido. É provável que o Palácio do Itamaraty seja o local escolhido, por causa do grande número de convidados para a solenidade.

O ex-ministro da Justiça e agora pré-candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, foi o primeiro da deixar a Esplanada para se dedicar exclusivamente à campanha. Ele saiu em fevereiro e foi substituído pelo então secretário executivo da pasta, Luiz Paulo Barreto.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem dito publicamente que a ideia é substituir os que vão deixar o governo por pessoas de dentro dos próprios ministérios para evitar que a composição de novas estruturas atrapalhe o andamento dos projetos.

Também saem do governo a ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, que concorrerá à Presidência da República, e os ministros das Comunicações, Hélio Costa, das Comunicações, Edson Lobão, de Minas e Energia, e Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional. Costa deve disputar o governo de Minas Gerais ou concorrer à reeleição para senador, Lobão tentará se reeleger senador pelo Maranhão e Geddel concorrerá ao governo da Bahia.

Os ministros José Pimentel, da Previdência Social, Reinhold Stephanes, da Agricultura, e Edson Santos, da Igualdade Racial, saem para tentar a reeleição como deputados federais pelo Ceará, pelo Paraná e pelo Rio de Janeiro, respetivamente. Carlos Minc, titular do Meio Ambiente, disputará novo mandato de deputado estadual no Rio de Janeiro, e Alfredo Nascimento, dos Transportes, Alfredo Nascimento, disputará o governo do Amazonas.

O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, ainda não decidiu se deixa o governo. Patrus está em busca de apoio para concorrer ao governo de Minas de Gerais. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que tem status de ministro, também não resolveu se deixará o cargo para concorrer ao governo de Goiás.

O secretário de Portos, Pedro Brito, está em situação semelhante. Assessores da secretaria informam que a possibilidade de Brito sair candidato a deputado federal pelo Ceará, como deseja seu partido, o PSB. O presidente Lula, no entanto, já teria conversado com Brito na tentativa de convencê-lo a permanecer no cargo. .

segunda-feira, 15 de março de 2010

Apadrinhado de Temer assumirá pasta da Agricultura

Lula já definiu com a direção do PMDB os nomes dos substitutos dos ministros do partido que deixarão o governo para tentar a sorte nas urnas.



O ministro Reinhold Stephanes, da Agricultura, será substituído pelo presidente da Conab (Cia Nacional de Abastecimento).



Chama-se Wagner Gonçalves Rossi. É apadrinhado do deputado Michel Temer (SP), presidente da Câmara e do PMDB.



O comando da pasta da Integração Nacional será confiado a João Reis Santana Filho, secretário-executivo do atual ministro, Geddel Vieira Lima.



Vai à cadeira de ministro de Minas e Energia Marcio Zimmermann, secretário-executivo do ministro Edson Lobão.



Diferentemente de Lobão, um neófito no setor, Zimmermann é técnico tarimbado. Já passou pela Eletrosul e pela Eletrobras.



Antes de ser alçado à função de secretário-executivo, Zimmermann respondera pela secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético da pasta.



Chegou ao ministério em 2003, trazido por Dilma Rousseff. Depois, foi “adotado” por dois mandachuvas do PMDB do Senado: José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL).



Resta definir o nome do substituto do ministro das Comunicações, Hélio Costa. O titular indicou o seu chefe-de-gabinete, José Artur Filardi Leite. Porém...



Porém, Lula torceu o nariz para a indicação de Hélio. Considerou o nome de Filardi demasiado inexpressivo.



Lula manifestou sua aversão ao nome em reunião, na última quinta (11), com Temer, Sarney e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).



Ficou entendido que o PMDB terá de indicar outro nome para a substituição de Hélio Costa.



O sócio majoritário do consórcio governista controla outros dois ministérios. Mas José Gomes Temporão (Saúde) e Nelson Jobim (Defesa) permanecerão nos cargos.

Escrito por Josias de Souza às 21h32